Juarez Oliveira, artista muralista e de vitrais, além de conservador e restaurador, é graduado pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) no Curso de Artes Plásticas e Desenho Técnico desde 1984. A partir de 1989, dedicou-se intensamente às obras de restauro e conservação, empreendendo assim pesquisas. Estudos, tendo feito diversos Cursos de Extensão e Especializações no Brasil e em Portugal, tais como: Metodologia Arqueológica, Patrimônio Arquitetônico, Preservação e Restauro de Argamassas Tradicionais, Vitrais Stained-Glass, e Restauro e Conservação de Azulejos Tradicionais. 

      Tem diversos trabalhos de grande porte em acervos públicos e privados nas igrejas brasileiras, onde suas obras murais e de vitrais estão em processo de tombamento e outras já cadastradas e tombadas como bem patrimonial, como a Igreja Nossa Senhora da Lapa, em São Paulo. São quatro décadas de uma vida toda dedicada à arte, explorando diferentes caminhos e expressões criativas.

      É fundador, administrador e proprietário da empresa Arte e Restauro desde 1984, e  reconhecido por seu trabalho como restaurador, tendo atuado em grandes obras em diversas instituições, tais como o Museu Ipiranga (hoje Museu Paulista-USP) em São Paulo, e em mais de outras 300 igrejas católicas por todo o país, exemplos da diversidade da arte brasileira em seu estilo eclético e atemporal. Dentre elas, em São Paulo, estão as icônicas Igrejas da N.Sa. da Expectação do Ó, no Bairro da Freguesia do Ó, e a de Santa Cecília, com o maior acervo de obras de Benedito Calixto, e segue ainda trabalhando com o restauro. 

      Nos últimos anos, tem desenvolvido diversas pesquisas com pinturas em acrílico, estampagem em azulejos e pintura digital com aplicação da tecnologia como um recurso de ressignificação do olhar e interação com os tempos atuais. Um bom exemplo é a Igreja da Santíssima Trindade, no bairro do Butantã, em São Paulo, onde tem a decoração em mais de 800 m² feita em telas coladas no forro de gesso, impressas tipo Fine Art, com todos os desenhos e pinturas desenvolvidas em um trabalho minucioso em mesa digitalizadora de sua autoria.

      Suas obras de arte contemporânea de criação própria são marcadas por formas orgânicas e figurativas, que convidam o espectador a refletir sobre questões ambientais e existenciais. Recebeu oportunamente dois prêmios internacionais na Suíça e em Vaduz, Liechtenstein. 

      Quando se fala em restauro, não há conflito, o artista se recolhe e surge o técnico com um pensamento único de zelar pelo rigor da pesquisa e o respeito com as normas de restauro e conservação para a salvaguarda do patrimônio artístico, para bem preservar a beleza e a sua autenticidade.